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Foto do escritorFestival Bixanagô

"A gente vai para a festa, mas vai para a guerra também" diz diretor do Festival

Festival sofre ataques virtuais mas se mantém de pé. Veja na matéria do blog Negro Belchior, na revista Carta Capital


Por Marina Souza*

“Queremos mostrar a potência periférica, negra e LGBT dentro do hip hop”, é a fala de Marcelo Morais, coordenador e curador do Festival Bixanagô, evento que acontecerá em São Paulo nos próximos dias 21, 22 e 23 e promete shows, oficinas e mesas de debate sobre o tema.


A ideia do Festival, segundo Morais, é trazer a reflexão sobre a inserção atual de LGBTs no universo da cultura hip hop e a utilização da música como empoderamento e instrumento de questionamento social. Ele explica que o nome escolhido mescla  a ressignificação do termo “bixa”  coma a palavra “nagô”, que remete a ancestralidade étnica e racial da maioria dos convidados e organizadores.


Estarão presentes nomes como Eliane Dias, Monna Brutal, Spartakus Santiago, Luana Hansen, Érika Hilton e Linn da Quebrada. Morais conta que o projeto foi realizado visando principalmente proporcionar ao público entretenimento e aprendizado, “a gente vai pra festa, mas pra guerra também”, diz.


Quando questionado sobre a escolha do local, Bela Vista, o curador disse que essa é uma oportunidade de reunir diferentes perspectivas periféricas em um espaço que não costuma ser ocupado com esse viés. Assim, segundo ele, ocorrem pequenas transformações diárias.


Conteúdo publicado originalmente em 20/03/2019. Veja aqui.


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