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Showcases do Festival Bixanagô revelam 4 novas vozes do rap e do R&B paulistano

Foto do escritor: Festival BixanagôFestival Bixanagô

Joy Sales. Foto: Laís Catalano Aranha

Parceria com a marca Budweiser apresenta quatro apostas musicais selecionadas entre 25 inscritos em três dias de shows gratuitos

Entre os dias 21 e 23 de março aconteceu o Festival Bixanagô - Empoderamento e Estética Negra em São Paulo. O evento, realizado com o apoio do Edital de Apoio à Criação Artística na Linguagem Música da Secretaria Municipal de Cultura, acontece no espaço cultural Mundo Pensante e no Lab Mundo Pensante e contará com shows de Monna Brutal, Danna Lisboa, Rosa Luz, entre outras artistas. O festival traz ainda personalidades como Rico Dalassam, Luana Hansen, Tiely Queen e representantes da UNAIDS para enriquecer o bate papos sobre a condição dos direitos LGBTI+ no Brasil e sobre o genocídio da população negra.


“Bixanagô é basicamente uma palavra que constrói a identidade de bixas pretas periféricas”, resume Marcelo Morais, diretor geral e idealizador do evento. Segundo ele, a palavra “bixa” vem sendo ressiginificada pela população LGBTI+ nos últimos anos e sendo usada de forma mais positiva e genérica. Já “Nagô”, faz referência à estética negra e à diáspora africana no Brasil. A proposta é trabalhar a linguagem Hip Hop e a entrada da comunidade LGBT+ no movimento a fim de convergir estéticas, ações e debates.


Segundo Morais, “é importante frisar que estamos usando ‘bixa’ como uma palavra genérica para todas as expressões de sexualidades e entendemos que o Hip Hop é uma forma de organização e de arte que vem da rua, da periferia, da favela e é uma expressão que parte desse lugar fazendo crítica social do mundo”.


Indy Naíse no Mundo Pensante. Foto: Felipe Campos

Arte como autoafirmação e expressão política

“O Hip Hop é uma expressão que nasce da cultura marginal e urbana, a partir de grupos marginalizados como a população negra e periférica, assim como o voguing reflete as sexualidades desviantes neste mesmo contexto urbano”, comenta Morais. Neste cenário, toda manifestação artística dessa natureza é, além de autoexpressão, um ato político.


A fim de otimizar a potência crítica e criativa destes grupos, o Festival promove 5 oficinas no espaço Lab Mundo Pensante, entre elas, oficinas de rimas, beats, live painting, vogue e moda. Com um lineup formado por artistas travestis e transsexuais como Monna Brutal, Danna Lisboa, Mc Dellacrouix e Rosa Luz, o festival intercala shows e formação.



Aretha Sadick. Foto: Felipe Campos

Após chamada pública nas redes sociais durante o mês de fevereiro, cerca de 25 grupos e MCs se inscrevam para participar dos showcases do Festival Bixanagô. Quatro novos artistas foram selecionados com curadoria do Festival, realizada pelo artista e designer Ézio Rosa e pela MC e madrinha do evento, Jup do Bairro e também com a curadoria da marca Budweiser Apresenta.


Os nomes selecionados para se apresentar antes dos shows principais da noite foram Alt Niss, aposta R&B da produtora Boogie Naipe, Indy Naíse, cantora baiana radicada em São Paulo, Aretha Sadick, drag e rapper paulistana e Joy Sales, aposta do soul paulistano. Todos os shows, debates e oficinas são gratuitos.



Alt Niss. Foto: Laís Catalano Aranha


SERVIÇO

O quê: Festival Bixanagô - Empoderamento e Estética Negra

Quando: 21 a 23 de Março

Onde: Mundo Pensante - Rua Treze de Maio, 830 - Bixiga Lab Mundo Pensante - Rua Treze de Maio, 733 - Bixiga

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