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SOBRE

O Festival Bixanagô nasce da proposta de promover a diversidade e a potência criativa da juventude negra e LGBT+ das periferias do Brasil, a partir da cultura Hip Hop e da cultura Ballroom dos salões. O Festival reverencia o protagonismo político dos 69 jovens mortos e 180 feridos do Massacre de Sharpeville, duramente assassinados e violentados em protesto pacífico contra medidas humilhantes do apartheid, na África do Sul em 1960.

 

Com linguagens diversas, influenciadas pelo rap, reggae, funk, twerk e outros gêneros musicais, jovens do país inteiro têm produzido músicas, performances e estéticas que abrem - e por vezes forçam - portas para a discussão sobre gênero, sexualidade e desejos em becos, vielas e salões.

 

Frequentemente gays, lésbicas, bissexuais ou transsexuais são ofendidos ou excluídos de espaços de criação, disputa e lazer dentro do movimento Hip Hop, no Brasil e no mundo. Não a toa, esses grupos migram e se interrelacionam com outros movimentos urbanos mais abertos às sexualidades que fogem aos padrões esperados, tais como os salões de ballroom, onde se estabelece o movimento LGBT+ performático, presente nas danças vogue.

 

O voguing, assim como o movimento Hip Hop, nasceu em Nova York, no início da década de 1970 e é marcado pela dança urbana performática, protagonizada por pessoas transsexuais, transgênero, gays, lésbicas e bissexuais, entre outras manifestações sexuais.

 

As “houses” dos ballrooms são grupos de aprimoramento de passos de dança vogue para as competições periódicas (“jams”, batalhas queer). São também espaços de acolhimento, empoderamento e politização das comunidades negra e periférica, possibilitando a afirmação de sua existência e da expressão plena de suas sexualidades e desejos.

 

Diante do cenário hostil dos próximos anos com a perspectivas de cada vez mais cortes de direitos sociais e civis das populações negras, periféricas e LGBT+, o Festival Bixanagô encontra na valorização de performances, shows, mesas e workshops durante os 3 dias de festival, a possibilidade de diálogo, desconstrução e fortalecimento necessários para resistir em redes de acolhimento, conhecimento e empoderamento.


É tempo de afrontamento!

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