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  • Foto do escritorFestival Bixanagô

Um afronte ao ódio, Festival Bixanagô começa nesta quinta-feira (21)

Atividade de abertura terá a participação de Rico Dalasam e Eliane Dias, além do lançamento do livro "Sobrevivendo ao Inferno". Confira na matéria do portal Alma Preta.




Texto / Simone Freire Imagem / Divulgação / Festival Bixanagô Colaboração / Pedro Borges


Com a proposta de “afrontar o ódio com seus beats, som e ginga”, o Festival Bixanagô promove uma série de atividades neste mês de março. A abertura acontece nesta quinta-feira (21) com o debate “As Bixas no RAP”, que pretende contextualizar o momento histórico do rap nos anos 1990 / 2000 e a inserção da população LGBT no gênero musical.

A atividade contará com a participação do rapper Rico Dalasam e de Eliane Dias, empresária da Boogie Naipe. “De maior importância para mim sempre é a troca, é o nosso encontro. Apesar de ir com tarefa eu sou quem mais recebe”, diz Rico Dalasam.


Na sequência da atividade será realizado o lançamento do livro "Sobrevivendo ao Inferno", que traz as letras das músicas do quinto álbum do Racionais MC’s, um texto de apresentação e fotos clássicas e inéditas do grupo.


As canções do álbum, lançado em 1997, tratam da desigualdade do país e do racismo, chamando a atenção para a invisibilização das mortes negras que acontecem na periferia.

Mais de vinte anos depois, o debate sobre este problema continua atual e urgente. Segundo os dados do Atlas da Violência 2018, um negro tem 2,5 vezes mais chance de ser morto de forma violenta e intencional no Brasil do que um não negro. A população preta e parda responde por 71,5% das vítimas de homicídio do país.


No mesmo ano, segundo dados do Grupo Gay da Bahia, acerca da violência sofrida pela população LGBT, foram computadas 420 mortes de LGBTs+. A maior parte das violências ocorreu por conta de homicídios, seguida de suicídios.


Festival

O festival tem uma longa programação entre quinta (21), sexta (22) e sábado (23). Entre as atividades está o debate “Luana Barbosa – Conjuntura e cultura negra no Brasil “, comandado pelo youtuber Spartakus; o “Bate-papo Dandara dos Santos”, com a participação de representantes da UNAIDS Brasil, do Fundo PositHiVo, Micaela Cyrino e Ezio Rosa para falar sobre HIV. As oficinas do festival podem ser conferidas neste link.

Entre as atrações musicais estão as de Danna Lisboa, Linn da Quebrada, Areta Sadick, Rosa Luz e Rick Dalasam, além de DJ sets da Festa Amem.


Félix Pimenta, membro do Coletivo Amem, também participará da atividade. Segundo ele, as atividades do festival são importantes na sua trajetória. “A necessidade de se ter um espaço que dialogue negritude, gênero e sexualidade é fundamental pra nós negrxs. Eu fico muito feliz com a realização de um evento que tenha na prática, tudo o que estamos apontando e construindo para nos fortalecer. É o poder da representatividade e de sentir parte de tudo isso”, disse.


Publicado originalmente em 19/03/2019, no portal Alma Preta, aqui.

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